Tenho recebido algumas mensagens a questionar-me sobre como têm sido os primeiros tempos com o segundo filho e se existe muita diferença face aos primeiros tempos vividos com o primeiro.
A minha resposta: uma diferença enorme!
A minha resposta: uma diferença enorme!
Ser mãe de primeira viagem não é fácil, nada fácil. Por mais livros sobre bebés que tenhamos lido, por mais fóruns de mães da internet, por mais formações sobre cuidados ao recém-nascido, amamentação e etc e tal, não estamos preparadas para o "tornado" que entra nas nossas vidas. Ao menos, foi essa sensação que tive. Achava que estava preparada, mas não. Achava que tudo iria ser mais fácil, instintivo e simples, tinha uma ideia muito romanceada da maternidade.
Mas nem tudo é bonito, nem tudo é fácil.
Mas nem tudo é bonito, nem tudo é fácil.
Vamos cheias de expectativas e sonhos, imaginamos o lado bonito da maternidade, e não pensamos no resto. Nas noites muito mal dormidas, no cansaço extremo, no bebé que chora horas e horas seguidas sem que nada o acalme, nas cólicas, nas dificuldades na amamentação. Talvez fosse muito otimista (tenho essa virtude, ou defeito, depende da perspetiva) e talvez as minhas expetativas fossem pouco realistas. Foram umas primeiras semanas complicadas, confesso, com muita falta de sono e cansaço acumulado, com baby blues à mistura, um bebé que de calmo e sereno não tinha nada, com muitas dúvidas e incertezas, típicas de mães de primeira viagem.
Chorava porque a amamentação não estava a correr como eu queria, chorava porque ele chorava, chorava porque achava que não estava a ser a excelente mãe que deveria ser. Quem nunca sentiu o mesmo?
Chorava porque a amamentação não estava a correr como eu queria, chorava porque ele chorava, chorava porque achava que não estava a ser a excelente mãe que deveria ser. Quem nunca sentiu o mesmo?
Mas, foram os momentos mais ternurentos da minha vida, sem dúvida, em que senti o coração cheio, um amor inexplicável, que só quem passa por ele é que consegue entender. Uma fase marcada por uma labilidade emocional imensa, momentos bipolares, que, apesar das dificuldades, deixam uma enorme saudade. Falo por mim, que tenho uma enorme tendência em relativizar os problemas e "esquecer" o menos bom. E desse período guardo o bom, o muito bom, que é ter um filho no nosso colo.
Talvez por ter a memória curta ;) decidimos ter outro filho passado pouco mais de um ano. E, como tem sido a experiência, em relação ao primeiro?
Diferente, muito diferente.
Desta vez, já sabia com o que contar. Já sabia que as noites iriam ser más e os dias cansativos. Já sabia que nem todos os bebés são calmos, que choram muuuuito, que as cólicas são umas malditas. Já sabia que nem sempre a amamentação é tão fácil, natural e instintiva como nos dizem, que há mulheres que têm dificuldades e que não podemos desesperar à primeira contrariedade. Já sabia que a realidade não é tão perfeita como imaginamos. Não posso dizer que não foi igualmente cansativo. Sim, foi e é, até porque agora são dois bebés com as suas exigências em fases tão diferentes. Mas o espírito é outro, uma descontração diferente, uma maneira de encarar as situações mais calmamente.
Desta vez, já sabia com o que contar. Já sabia que as noites iriam ser más e os dias cansativos. Já sabia que nem todos os bebés são calmos, que choram muuuuito, que as cólicas são umas malditas. Já sabia que nem sempre a amamentação é tão fácil, natural e instintiva como nos dizem, que há mulheres que têm dificuldades e que não podemos desesperar à primeira contrariedade. Já sabia que a realidade não é tão perfeita como imaginamos. Não posso dizer que não foi igualmente cansativo. Sim, foi e é, até porque agora são dois bebés com as suas exigências em fases tão diferentes. Mas o espírito é outro, uma descontração diferente, uma maneira de encarar as situações mais calmamente.
Aprendi com o primeiro filho a descomplicar. A não criar demasiado expetativas, a descomplicar pequenos pormenores que no primeiro filho parecem tão grandes, a tentar não ser perfeita. As pressões do exterior também não ajudam. Façam as coisas à vossa maneira, decidam o que é melhor para o vosso bebé e para vocês. Como uma enfermeira me disse "um bebé para ser feliz precisa de uma mãe feliz".
E é isso que vos digo, não tentem ser mães perfeitas, tentem ser mães felizes, com esta experiência que é a mais bela e bonita das vossas vidas (mesmo quando há noites DAQUELAS que só pensam "no que é que me fui meter").
Grávidas do primeiro filho, não se assustem com o meu testamento, a maternidade é linda, do mais bonito que pode haver e nada igual essa experiência (mesmo nos momentos em que o bebé não para de chorar e nós sem saber o que fazer). Quando tiverem o vosso filho ao colo depois dir-me-ão se não é mágico... :)
Grávidas do segundo filho ou mães que já tiverem dois ou mais filhos, como foi a vossa experiência?
Grávida do segundo filho mas ciente de tudo aquilo que escreveu. Também achava a amamentação mais inata no início, desta vez vou mais consciente dos desafios.
ResponderEliminarTop 🙏🔝 adorei a parte do "não tentem ser mães perfeitas, tentem ser mães felizes" também penso assim . Beijinhos e muitas felicidades
ResponderEliminarEu tenho 3 :). O mais velho de 10 foi um santo, come e dorme que não teve 1 dia de colicas!! Perfeito. Veio o mano e tive 5 meses de colicas, bronquiolites e todas as ites muita noite mal dormida. Um desespero!
ResponderEliminarMas passou e depois eu quis mais um e veio a princesa! Que é uma doçura de bebé!
É dificil, cansativo e com 3 por vezes o caos é total, mas vale tanto a pena. O amor, o cheirinho dos nossos filhos, a pele deles, os pés, as mãos...ai meu Deus! É tudo 💕💕.
�� Um testemumho com o qual me identifico tanto...��
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